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Continue hereO primeiro, e fundamental, foi quando iniciei o atelier ARX com o meu irmão, depois de vários anos a trabalhar com outros arquitetos. Mas foram muito marcantes os períodos em que fiz os meus programas ‘Tempo&Traço’ na SIC Notícias e as revistas ‘Linha’ com o semanário ‘Expresso’, bem como a fundação da Trienal de Arquitectura de Lisboa. Em tempos recentes, quando passei a desenhar regularmente projetos em Lisboa.
Tem sido uma procura intensa do específico em cada projeto, apoiada na história, na técnica e na experiência, numa dimensão experimental que deve surgir naturalmente ao longo do processo de desenho. No essencial, a minha abordagem não se desviou muito desde o início da minha prática, com o benefício da experiência adquirida ao longo do tempo.
Felizmente vários, não consigo isolar um. Recentemente desenhei um puxador de que gostei imenso.
Álvaro Siza Vieira.
Por mim e pelo meu irmão, o projeto expositivo do Pavilhão do Conhecimento dos Mares, na Expo 98.
Nos últimos tempos, a torre de habitação no nº 203
da Rua Castilho, em Lisboa.
Felizmente, há hoje muitos arquitetos portugueses a trabalhar com os melhores arquitetos do mundo e também a fazer os seus próprios projetos fora de Portugal. Penso que a elevada quantidade de prémios internacionais, bem como de publicações sobre projetos portugueses, não deixa espaço para dúvidas de que há uma perceção de competência da arquitetura produzida por portugueses.
A arquitetura popular portuguesa, tal como foi praticada durante séculos até ao séc. XX, fosse ela baseada na alvenaria de granito, xisto, adobe ou taipa, sempre foi exemplar em termos de sustentabilidade. Fora do campo dessa arquitetura popular ancestral, embora exista hoje o conhecimento técnico, alguma consciência da urgência, ainda escassa, e a legislação que obriga a vários níveis, ainda temos um longo caminho a percorrer.
Um arquiteto trabalha sempre com o preexistente, em arquitetura não existe tábula rasa. Quando existe valor patrimonial relevante, torna-se extraordinariamente interessante, pois trata-se de estabelecer um diálogo entre linguagens diferentes, tempos diferentes, mudanças de programa, etc. A dificuldade, mas também a grande motivação, é fazê-lo bem, conseguindo também que novas e antigas tecnologias trabalhem em simbiose.
O programa funcional e económico, o contexto físico e social, os indícios que podem ser o princípio da composição de uma narrativa específica, única.
O tempo, na medida em que quase tudo no desenho depende dele. Seja numa reflexão sobre a ideia de resistência e perenidade, seja pela possibilidade de desenhar algo que evolui e ganha qualidades com o tempo. Por essa razão, tenho-me interessado em desenhar diversas peças de latão.
Leia, viaje muito e prepare-se para um vida dura
de trabalho.
Um refúgio, um lugar de redenção.
Um wok, uma boa faca e um saca-rolhas.
Se o micro-ondas não é considerado um ‘minidoméstico’, diria a chaleira eléctrica.
Não um edifício, mas um conjunto, o Machu Picchu, que nunca consegui visitar.
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